A influência das cores nos alimentos
A expressão popular “é de comer com os olhos” revela muito mais informações do que podemos imaginar. A aparência de um produto pode seduzir o consumidor e definir uma aprovação ou rejeição. A coloração é a principal característica sensorial utilizada na avaliação de um produto e, desta forma, a indústria de alimentos busca associar a cor a um sabor, textura e qualidade. Dentre os órgãos sensitivos, o ser humano capta em torno de 87% das suas percepções pela visão.
Os corantes são substâncias adicionadas intencionalmente aos alimentos com a função de conferir cor, que se perde no processo de industrialização devido a luminosidade, ar, temperatura, umidade e condições de armazenagem.
Além disso, os corantes intensificam as cores presentes nos alimentos processados, conferem identidade e protegem os sabores e vitaminas dos danos causados pela luz.
Existem três categorias de corantes para uso em alimentos: os artificiais, os idênticos aos naturais e os naturais.
Atualmente, há uma forte tendência dos consumidores em buscar produtos mais naturais, com apelo de “saudabilidade” e clean label. Nesse contexto, os corantes naturais se apresentam como uma excelente alternativa para a indústria alimentícia.
Dados de uma pesquisa realizada pela agência Mintel, com 1.500 entrevistados acima de 16 anos, revelam que 29% dos consumidores brasileiros concordam que gostariam de ver mais pães e produtos assados com ingredientes naturais que adicionam cor.
Os corantes naturais podem, também, auxiliar os consumidores na associação entre cor, nutrição e produtos mais saudáveis, além de criarem atributos sensoriais e visuais.